Na manhã de ontem, 08 de agosto, a representação do Instituto Braços se reuniu com o Promotor Público, Julival Rebouças, coordenador da Coordenadoria de Promoção de Igualdade Étnico Racial- COPIER, do Ministério Público de Sergipe discutindo temas essenciais para o avanço das políticas afirmativas para a população negra no estado.

O Instituto Braços foi representado ela Coordenadora de gestão e finanças, Gilman Campos e pelo Robson Anselmo, coordenador geral.

Os representantes da instituição foram muito bem acolhidos pelo Promotor Público que concordou plenamente com a pauta e as argumentações apresentadas.

Foram discutidas as seguintes questões:

* Suspensão adequação dos editais de concursos públicos referentes ao percentual cotas para pessoas negras;

* Regulamentação das bancas de heteroidentificação no âmbito dos concursos e processos seletivos no serviço público estadual. O Instituto Braços alega que há uma aberração nos resultados das bancas com reprovação descabidas de pessoas plenamente elegíveis para a ocupação dos cargos. Constantemente a entidade recebe denúncias de pessoas negras e pardas que são reprovadas nas bancas dos concursos públicos a exemplo o CNU e nos realizados pelo estado e prefeituras. Para o Instituto Braços não cabe a uma pessoa branca dizer se outra pessoa é ou não negra. Ainda mais quando estas pessoas jamais se inseriram na discussão racial, não têm leitura sobre o fenômeno do racismo e as tramas da identidade racial no Brasil.

* Outro ponto foi a implementação da lei 10.639/2003 na rede privada de ensino. O coordenador do Instituto Braços destacou que há um esforço para a consolidação da lei na Rede Pública de Ensino, mas, há um fosso no sentido de cobrança das escolas privadas.

A reunião foi muito proveitosa e outros passos serão dados nessa relação complementar da sociedade civil com o Ministério Público.