Blog

Notícias

COMUNIDADE EXTRAVISTA DAS MANGABEIRAS BUSCA APOIO PARA MANTER A ÁREA PRESERVADA

Por: Robson Anselmo

Para definir estratégias de enfrentamento à Prefeitura de Aracaju que pretende desmatar a área extrativista de mangabas e aniquilar a tradição de preservação, manuseio e cata de mangabas de famílias que estão na área há mais de 60 anos, a Comissão de Apoio á Comunidade Extrativista das Mangabeiras, da qual o Instituto Braços faz parte, realizou uma reunião na última sexta-feira para definir a forma de participação e de desconstrução da narrativa que a Prefeitura Municipal deverá apresentar na audiência pública convocada para o próximo dia 03 de novembro às 9 horas.

O projeto da Prefeitura para a área de mangabeiras, reconhecida pela Associação de Geógrafos do Brasil como pulmao verde de Aracaju, é tansforma a reserva em conjunto habitacional, exterminando, assim, a área  e, para não ter problemas com os órgãos ambientais, está propondo criar uma resex, em substituição a 6 mil pés de mangabas e tantas centenas de pés de ouricuri.

A comunidade acertdamente confronta os interesses da Prefeitura Municipal na Justiça e acima de tudo, busca o apoio da sociedade para que se junte nessa luta de Davi contra Golias em defesa da vida, do verde, das águas, das tradições e da memória coletiva de homens e mulheres que há mais de meio século empenham suas vidas preservando a área como extrativistas de mangaba.

O Instituto Braços e o Movimento Nacional dos Direitos Humanos, estão do lado da comunidade que luta por manter e reserva e ao lado das famílias que lutam pelo direito humano à moradia e cobram do poder público a atenção a sua justa demanda. O que não é justo é a postura da Prefeitura em condicionar o atendimento a demanda por moradia à viloação do direito ao meio ambiente, direito a proteção da flora e da fauna, da nascente do água dentro da reserva, o direito inerente aos povos e comunidades tradicionais conforme descreve a Resolução 169 da OIT. 

COMPARTILHAR
"
menu