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CURSO DE FORMAÇÃO OPAXORÔ: CULTURA E DIVERSIDADE.

Por: Edmilson Batista Lima Júnior

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CRONOGRAMA:

 

10/04/2021/(Sábado) - 1ª Atividade (Síncrona) -  Das 14h às 18h – Carga horária: 4h

11/04/2021  à 17/04/2021 - 2ª Atividade (Assíncrona - leitura)  – Carga horária: 4h

17/04/2021 à 23/04/2021  - 3ª Atividade  (Fórum de debates)  - carga horária 4h

08/05/202/ (Sábado) - 4ª atividade (Síncrona) - Das 14h às 18h - Carga horária 4h

 

Descrição do Curso:

Vivemos em uma sociedade diversa em que os grupos historicamente silenciados passam a reivindicar seu lugar de fala e de acesso aos seus direitos, buscando cada vez mais uma desconstrução social das desigualdades que predominam no país.  Apesar da luta histórica por esses direitos, essa sociedade ainda é forjada em  uma hegemonia branca, falocêntrica/patriarcal, cristã, eurocêntrica, machista, sexista, lgbtfóbica, racista, classicista e todas as construções hegemônicas, coloniais e dominadoras que servem para oprimir, silenciar, invisibilizar, marginalizar, demonizar, escravizar e excluir tudo aquilo que é diferente dessa referida hegemonia. Para essa desconstrução faz-se  necessário que os grupos  considerados erroneamente como “minorias”, nos quais nos incluímos,  lutem contra esse sistema social opressor e excludente, fundado na colonização portuguesa e mantido pela persistência do colonialismo eurocêntrico e na ideologia eugenista, de  exclusão, invisibilização, subalternização e dominação do “outro”. Ideologia esta, que exclui as outras possibilidades de concepções e visões de mundo e de suas vivências em detrimento de uma visão dominadora eurocêntrica que fortalece o mito da “História única”. Mito esse muito perigoso por invisibilizar, excluir, ridicularizar, diminuir, deslegitimar, demonizar e exterminar, as diferentes, histórias, identidades e trajetórias daquelas/es que “são vistas/os” como a/o outra/o inferior.  A desconstrução que julgamos necessária parte da valorização das diversas identidades silenciadas, invisibilizadas e excluídas   historicamente dos direitos básicos, inclusive do direito à vida. 

Para essa desconstrução e reconstrução social, embasada na valorização e respeito às diversidades, se faz necessário descolonizar o olhar para perceber as contribuições das diversas culturas e visões de mundo na formação do que somos. Nesse sentido, não existe uma cultura alfa, verdadeira, maior ou correta, como imposta pela visão eurocêntrica, eugenista e capitalista, mas sim culturas diversas; ou seja, povos que encontraram diversas maneiras para responder seus questionamentos e (re)constituir suas identidades e seus modo de pensar, agir e se relacionar, partindo das experiências particulares de cada povo. 

Deste modo, faz-se necessário entendermos como funciona o processo de dominação e  opressão. Para tal objetivo, entender a cultura e a construção cultural é uma grande ferramenta de luta, pois é entendendo o conceito de cultura e sua formação associada às diversidades que podemos entender os processos culturais de dominação que nos rodeiam e tentam a todo custo silenciar, invisibilizar e subalternizar a nossa (re)existência através da necropolítica e das micropolíticas que reforçam a necropolítica no cotidiano. É entendendo esses conceitos e processos que começaremos a enxergar as maneiras de combater aquilo que nos oprime, pois “para conhecer o rio por inteiro precisamos fazer o percurso de sua nascente até os seus afluentes”.

Após essa breve explanação, o Instituto Braços – Centro de Defesa em Direitos Humanos,  tendo como objetivo o fortalecimento e a valorização dos grupos sociais historicamente invisibilizados, excluídos e  subalternizados, cria o curso de Formação Opaxorô: Cultura e Diversidade em parceria com o Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Desigualdades e Diferenças na Educação (GEPIADDE/UFS) e  o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas da Universidade Federal de Sergipe (NEABI/UFS). 

O curso tem como objetivo proporcionar espaços/momentos de debates reflexivos, que possibilitem trocas de experiências e formação teórico-metodológico acerca dos temas culturas e diversidades no contexto sociopolítico brasileiro.

Coordenação:

Prof.ª Dr.ª Maria Batista Lima -  Coord. Do GEPIADDE

Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Sergipe - UFS (1989), mestra em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ (2001) e doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio (2006). É Professora Associada da Universidade Federal de Sergipe (UFS), no Departamento de Educação do Campus Itabaiana e no Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Naturais e Matemática (PPGECIMA). Líder e pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Desigualdades e Diferenças na Educação(GEPIADDE/UFS/CNPq), membro do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas(NEABI/UFS). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em: Educação das Relações Étnico-raciais (ERER), Educação Quilombola e Educação Escolar Quilombola (EEQ); Diversidade cultural, interculturalidade e decolonialidade no ensino e na formação docente; Currículo, Didática, Formação docente e Práticas de Ensino na Educação Infantil e no Ensino Fundamental; Ensino e aprendizagem de Matemática e Ciências na Educação Infantil, no Ensino Fundamental e na formação docente, especialmente na perspectiva da Etnomatemática e da Etnociências; Relações de Gênero e étnico-raciais e Educação; Literatura infantojuvenil e Educação das Relações Étnico-raciais (ERER). 

Prof.ª Drª  Lívia Jessica Messias de Almeida - NEABI/UF

Professora Adjunta do Departamento de Educação da Universidade Federal de Sergipe, doutora em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), Mestre em Educação pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Especialista em História da Cultura Africana e Afro-brasileira, Licenciada em Pedagogia pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e Licenciada em Letras pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Membro do Grupo de Pesquisa GEPIADDE/UFS (Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Desigualdades e Diferenças na Educação), do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI/UFS) e do Grupo de pesquisa "História e Memória do Livro didático" da UEFS. Fez intercâmbio acadêmico com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) através do Programa de Mobilidade Acadêmica (PROMOB). Atualmente ministra as disciplinas de Trabalho e Educação, Avaliação Educacional, Estágio Supervisionado e Investigação Científica. Tem experiência com as temáticas: políticas educacionais, gestão escolar, currículo, formação de professores, educação das relações étnico-raciais, direitos humanos e educação, desigualdades sociais e inclusão, desigualdade de classe e raça, história do livro didático, prática pedagógica antirracista.

Edmilson Batista Lima Júnior - Coordenador de Formação do Instituto Braços.

Estudante do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia da Universidade Federal de Sergipe (2016)/ Campus Prof. Alberto Carvalho - Itabaiana/SE. Foi bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET) Educação - Conexão de Saberes (2018 - 2019), coordenado pela Professora Doutora Marilene Batista da Cruz Nascimento; Bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) no eixo Formação de Professores (2017 -2018), coordenado pela Profª Drª Simone de Lucena Ferreira; Membro do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) da Universidade Federal de Sergipe (SE) desde 2016; Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas Identidades e Alteridades: Desigualdades e Diferenças na Educação (GEPIADDE) da Universidade Federal de Sergipe; Bolsista do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) da Universidade Federal de Sergipe (SE) (2019-2020); Bolsista do Programa de Iniciação Científica (PIBIC) - 2021. Temas de Interesse: Diversidade Étnico-racial e Educação; Sexualidade, Gênero e Educação; Educação, Diversidade e Religião; Literatura e Diversidade; Uso de Tecnologias da Informação e da Comunicação na Educação.

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