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FÓRUM SERGIPANO DAS RELIGIÓES DE MATRIZ AFRICANA

Por: Irivan de Assis

Esse fato ocorreu na cidade de Simão Dias na região agreste de Sergipe, que fica a 104 km da capital Aracaju , mais uma denuncia de vizinhos alegando perturbação do sossego como pano de fundo, por que na verdade todos sabem que se trata de intolerância e racismo religioso. A polícia como em quase toda sua ação nesses casos é parcial, por se tratar de macumbeiros e não demonstra nenhum respeito por este segmento da sociedade e não respeitam o direito a liberdade religiosa que é inerente a todos e todas que professam uma fé garantida pela constituição federal do Brasil no seu artigo 5º inciso VI.
O Povo do Axé em sua maioria não tem força para reagir a uma investida do poder do Estado através da Polícia que causa muito constrangimento e muitos tem vergonha de ver a policia na sua porta impedindo o que o Estado deveria garantir por lei a liberdade de culto e das liturgias das religiões de matriz africana. 
E para completar a justiça joga a pá de cal quando condena pessoas por estar professando sua fé à prestação de serviços comunitários e ao pagamento de multa que varia de 500 a 700 reais, parcelado em três meses. Ou seja, o que é dever da justiça garantir a constituição federal no que se refere a liberdade de culto , ela tem uma ação justamente contrária a carta maior e condena pessoas que se quer teve direito a um advogado para defende-las. E por que tudo isso acontece, aí amigos e amigas só temos uma resposta trata-se indiscutivelmente de racismo religioso .
Para o Estado brasileiro vidas negras, cultura negra e religião africana nunca importaram, crianças negras, jovens negros e macumbeiros são violadas em seus direitos e até mortos e fica por isso mesmo, pois somos simplesmente negros e ser negro nesse Estado e País é ser tratado como um objeto qualquer que não tem valor nenhum.
A nós Povos Tradicionais de Matriz Africana nos resta continuar na luta, organizando, mobilizando, articulando e construindo a unidade na ação, fazendo política de formação para garantir nossos direitos e ampliar nossas conquistas. Para tanto, é preciso que o povo do Axé entenda a mensagem que a luta em defesa da liberdade religiosa está além, de ficarmos somente em nossos terreiros acendendo vela.
 Muito Axé e Paz
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